Permitam-me iniciar citando um trecho do excelente “A Jornada do Escritor“, porque entender quem foi Max Reinhardt e o que ele propunha é fundamental à natureza deste texto:
O grande diretor alemão de cinema e teatro Max Reinhardt achava que é possível criar uma atmosfera num teatro antes mesmo de o público se sentar ou a cortina se abrir. Um título bem escolhido pode iluminar uma metáfora capaz de deixar a platéia curiosa e ligada para a experiência que se aproxima. Uma divulgação bem feita pode alimentar o público com imagens e com slogans, que são metáforas para o mundo da história. Controlando a música e a iluminação da platéia, no momento em que os espectadores entram, e dirigindo conscientemente detalhes como a atitude e os figurinos dos porteiros, já se pode criar uma atmosfera específica. O público pode ser posto na situação mental ideal para a experiência que vai compartir, pode ser preparado para comédia, romance, horror, drama ou qualquer efeito que se queira criar.
Max não chegou a conhecer a internet, mas se tivesse conhecido ficaria surpreso com o quanto ela é a epitome de toda sua teoria teatral. Estou dizendo isso porque eu deveria ter assistido Esquadrão Suicida duas semanas atrás, pelo menos. Na primeira oportunidade eu cheguei a estar no shopping para faze-lo, e pensei “nah, vou esperar o dia de meia entrada”. Na segunda oportunidade eu fui no dia de meia entrada e… acabei comprando um churros e uma maçã do amor. Pareceu um negócio muito melhor a ser feito com o meu dinheiro.
E, honestamente, quem poderia me culpar? Os dois filmes do universo expandido da DC nos cinemas são um desastre de trem batendo no outro, a internet descendo a lenha no filme, e os trailers, me deixaram tão excitado quanto eu fico para fazer a declaração do imposto de renda.
Sério, eu tinha ulceras só de pensar naquela Arlequina que eu vi nos trailers. “iuhuuuuu, senhor nerd punheteiro, olha como eu sou uber gostosa e estou com a bunda de fora, bate uma aí pra mim e finge não achar ruim que isso é tudo que eu sou!“. Considerando, então, que Zack Snyder era o produtor executivo (ou seja, o cara que bate no diretor com sacos de dinheiro para que as coisas saiam como ele quer), então eu não via como esse filme poderia ser qualquer coisa que não um desfile de tédio e dor.
É aqui que entra a teoria de Max Reinhardt: as pessoas assistem aquilo que elas esperam ver, não o que elas efetivamente viram. Quando os críticos foram assistir Esquadrão Suicida, eles já estavam com suas resenhas prontinhas, devido a todo Zeitgeist de merda que cerca as produções da DC no cinema. Assistir o filme era só uma questão de burocracia. E, sendo honestos, é como a maior parte das pessoas assiste os filmes hoje em dia na era da internet.
Todo mundo já tem sua opinião formada muito antes de pisar na sala do cinema. O conjunto do cenário prévio dita o que a pessoa já vai achar do filme, e pinçar os pontos que defendem o seu lado. Max Reinhardt estava certo.
Eu me esforço o melhor que posso para não ser assim, e para julgar os filmes pelo que eles são, não para encaixá-los no que eu já decidi que vou achar deles. Mesmo assim eu sou humano, e nem sempre consigo fazê-lo. Por isso eu levei três semanas para assistir Esquadrão Suicida, e por muito pouco nem o fiz – só fui no cinema porque ainda não tem uma versão no Pirate Bay com som bom, quase assisti mesmo assim, pra você ver o quão pouco interessado eu estava em ver esse filme.
No fim eu estou feliz que o tenha feito. PORQUE PUTA QUE PARIU, QUE FILME DIVERTIDO!
O DIA QUE A WARNER QUIS O SEU PRÓPRIO GUARDIÕES DA GALÁXIA
Não é segredo que a relação da DC com a Marvel nos cinemas é igualzinha a do Quico com o Chaves. Ela vê o menino pobre (no caso a Marvel) brincando com seus brinquedos e pensa “agora eu quero isso!”, e vai lá e busca o seu. Quando a Warner/DC viu o sucesso absurdo que a Marvel fez com um grupo de heróis mambembes da octogésima divisão dos quadrinhos, vulgo Guardiões da Galáxia, pensou que precisava ter o seu próprio.
Só que, como eu já disse, a DC tem personagens muito mais conhecidos e populares para brincar do que a Marvel tem. Se a Marvel precisa fazer das tripas coração para fazer funcionar uma árvore que só fala o nome e um guaxinim Joe Pesci, metade do mundo já ouviu falar da Arlequina e do Pistoleiro (e a outra metade vive em uma dimensão em que não existe Arrow e os jogos da série Arkham do Batman). Mas não tem problema, porque a metade do mundo que nunca ouviu falar deles iria ao cinema do mesmo jeito, para assistir o Will Smith fazendo cosplay de Tio Phill e a Margot Robbie com a bunda de fora.
Assistindo o filme, você consegue ver claramente, e eu não vou tentar justificar que a edição desse filme é boa, porque ela é um desastre, onde o estúdio meteu o dedo e gritou no ouvido do diretor “deixa mais Guardiões da Galáxia!”, e onde está o filme que David Ayer fez (que, aliás, contribui muito com o zeitgeist negativo a respeito do filme com suas declarações babacas)
Só que aí uma coisa bastante interessante aconteceu: com o estúdio de um lado, querendo enfiar coisas goela abaixo como uma criança cracuda de açúcar, e o diretor do outro, querendo fazer um filme competente puxando para o outro, um filme bastante único nasceu. De uma combinação improvável de eventos, surgiu um filme que tem sua própria identidade visual.
OS PIORES HERÓIS DO MUNDO – TODOS OS DOIS E ALGUNS OUTROS CARAS
Existem algumas formas de você fazer um filme de grupos de heróis (herói no sentido narrativo, e não apenas de super-heróis), e uma delas é pegar dois personagens como protagonistas e dar características interessantes aos demais. Caralho, praticamente todo cinema dos anos 80 que ainda vale a pena ser lembrado hoje é feito desse jeito!
No caso, o Esquadrão Suicida é na verdade a Arlequina e o Pistoleiro, os outros são apenas figurantes que têm uma característica marcante e legal. Se você tem um problema com essa fórmula, então você tem um problema com Aventureiros do Bairro Proibido, Os Goonies, Caça Fantasmas e por aí vai. O puta legal Uma Aventura Lego é assim. Até o primeiro Vingadores é assim. Essa fantasia socialista de que “ai, os personagens são mal desenvolvidos porque eu cronometrei e não tem o mesmo tempo de tela para cada um mimimi” é coisa de quem passa tempo demais no Tumblr e de menos vendo filme.
Isso significa que o filme funciona na medida que os seus protagonistas funcionam. E caralho, como os protagonistas funcionam.
Bem, Will Smith é Will Smith. Se você já assistiu qualquer filme dele, sabe o que esperar do Pistoleiro, e sabe que o velho Will entrega o prometido. Não é a toa que ele é tido por muitos como a última grande estrela de Hollywood. Assistir o Will sempre é legal, a menos que você não pare para assistir quando vê que está passando MiB na Temperatura Máxima domingo. Neste caso você é uma pessoa com mais problemas do que eu sou capaz de te ajudar, sinto muito.
A outra protagonista dessa equação é muito mais complicada, a Arlequina da Margot Robbie. Eu gosto muito da personagem, mas não pelos motivos que os nerds amam a Arlequina. Os nerds adoram a Arlequina porque ela é a gostosa uber devotada que corre atrás do cara sem ele precisar fazer nada. Tipo tomar banho todos os dias, ou parar de ficar discutindo porque o Goku venceria o Superman. É uma fantasia de poder masculino para caras que não têm poder nenhum.
Eu gosto da Arlequina por outros motivos (ui, que floquinho de neve especial que eu sou, ui ui). Ela, de certa forma, me lembra bastante a Dory. Isso quer dizer que ela é uma personagem engraçada e trágica ao mesmo tempo. Engraçada porque a Arlequina é um barato (que frase de tiozão), não tem como não ver as estripulias dela e não ficar entretido. Mas, ao mesmo tempo, ela é um personagem trágico porque, como eu já disse antes, ter um problema mental não é nada divertido.
É uma dicotomia muito difícil de atingir, e você tem que ser bom como a Pixar para entregar isso. Ou como Bruce Timm (que foi quem criou a personagem para a série animada do Batman). Surpreendentemente, a Margot Robbie se mostra uma puta atriz, e consegue fazer isso. A Arlequina dela é doida. E não do tipo “ah, que louquinha, hihihi”, não cara, a mulher é lokaaaaaa mesmo. E isso é muito divertido de se assistir, ao mesmo tempo que dá pena dela. Como a loirinha passa essas duas coisas ao mesmo tempo não pode ser considerado como nada senão bruxaria.
O fato dela usar um shortinho atochado no ovário passa inteiramente despercebido no filme. Pelo contrário, fica até orgânico dentro da personagem, porque a mulher se veste desse jeito porque ela não bate da cachola, não porque é uma fantasia de fan service de um diretor preguiçoso, que queria agradar os nerds onanistas. Nas mãos de uma direção e atuação menos competentes, a Arlequina seria um desastre da natureza de proporções ofensivas (como os trailers davam a entender que seria).
David Ayer e Margot Robbie conseguiram compor algo maravilhoso de se assistir. Se você está preocupado em não ver a Arlequina criada pelo Bruce Timm, e sim só material para uma punhetinha safada, não fique. Essa é a Arlequina e muito.
Juntos, Arlequina e o Pistoleiro funcionam com uma química incrível, em uma relação de irmãos construída ao longo do filme. Sendo o Pistoleiro o irmão mais velho protetor com alguém que você gosta, mas é pancada da cabeça. Como eu já disse, Will Smith delivers!
TÁ, MAS E OS OUTROS CARAS?
Seguindo o bom manual dos filmes de galera dos anos 80, os outros caras estão lá sólidos o suficiente para você se importar com eles, e cada cena deles é uma cereja que merece ser recordada. El Diablo é o cara zen com um passado trágico, o Crocodilo é o orc com autoestima, e o Capitão Bumerangue se leva tão a sério quanto o nome sugere – sério, ele é um cara que arremessa bumerangues, o que vocês esperavam? (saber rir de si mesmo é uma qualidade que faltava E MUITO os filmes da DC, felizmente está lá)
Regra de ouro para personagens coadjuvantes: mantenha simples, mantenha belo. Pessoalmente eu achei os outros personagens do esquadrão com o tempo de tela e a qualidade na construção corretas para você saber sobre eles, curtir suas participações e se importar com eles. Mais do que isso seria forçar a barra, e o filme administra seu tempo elegantemente.
VAMOS FALAR SOBRE O CORINGA
Assistindo os trailers você chega à inevitável conclusão de que o Coringa é o vilão do filme (ou o herói, porque é um filme de vilões, então bom é mau, ou mau é mau, quem sabe se…). Fiquei muito chocado quando descobri que não era, e pelo que parece o Jared Leto ficou mais ainda quando descobriu que ninguém tinha lhe dito que ele não seria o protagonista do filme.
Vamos lá: no filme, o Coringa é uma ferramenta de desenvolvimento para a PORRA DA PROTAGONISTA DO FILME. Você poderia achar estranho alguém reclamar tanto de um personagem secundário, que está ali para trabalhar em favor da ESTRELA PRINCIPAL, mas, então, você não saberia nada sobre nerds em geral.
Ah, meu amigo, como essa nerdaiada espumou com isso. “Ah, mas o Coringa é sagrado, divo, maravilhoso, pintudo, delicia, ele jamais poderia ser coadjuvante para uma MULHERZINHA, mesmo que ela seja A PROTAGONISTA DO FILME, porque o Coringa é Deus, ele é perfeito, gostoso, delicia, invencível, Heath Ledger era a perfeição encarnada, haakwmejhjd *nesse ponto o nerd começou a espumar, e sua fala se tornou ininteligível*“
A partir do momento que você abstrai que o Coringa não é o protagonista do filme (o nerd acima continua tendo espasmos e se debatendo), você vê que a atuação do Jared Leto é… muito boa. Ele é o primeiro Coringa louco que eu vejo no cinema, e louco no sentido de que arrebentaria um Robin com um pé de cabra apenas porque sim. A intensidade da atuação do Leto é impressionante, e você tem a sensação de que, a qualquer momento, ele vai puxar um garfo e enfiar no seu olho sem motivo algum.
Vamos colocar assim: o Coringa do Heath Ledger enfiou um lápis no olho do cara porque ele queria provar um ponto, ele tinha um propósito. Esse faria isso apenas porque banana não tem caroço.
Isso se reflete em sua relação doentia com a Arlequina. Ele gosta dela… do jeito dele. Ou seja, se importando absolutamente nada com o bem-estar físico dela, e menos ainda com o bem-estar psicológico dela. Ele a trata como um objeto, ao mesmo tempo que gosta dela, relacionamentos abusivos são difíceis de retratar, e acho que o filme acertou no prego com esse daqui. Em contrapartida, a Arlequina ADORA ser tratada justamente dessa forma, e em um filme menos inspirado isso poderia parecer como uma forma de glorificar o abuso e a violência contra a mulher.
Não fosse o fato, que já ficou bastante estabelecido, de que a Arlequina é doida de pedra, e um personagem trágico. Ela gostar disso não é apologia a nada, é uma construção do quão problemática ela é. Tenho pesadelos que envolvem alguém com a maturidade do Zack Snyder tentando mostrar um relacionamento assim, mas o triunvirato do diretor e dos atores passou com louvor em um teste muito complicado.
O relacionamento deles é mostrado em uma oniricidade que jamais funcionaria de outra forma, sem contar o show no uso de referencias. ASSIM é que se usa uma referência, cazzo!
Só uma coisa, Jared, meu chapa, meu brodi. Se tu for continuar fazendo filmes como o Coringa… larga essa risada de mão. Sério, parece o Carlos Alberto de Nobrega, e aí fica difícil. Serinho mesmo, com o Cazalbé de vilão não dá!
AMANDA WALLER E A EDIÇÃO SUICIDA
Esquadrão Suicida é uma clássica jornada de heróis improváveis que são forçados a trabalhar juntos e, no calor dos eventos, acabam se tornando uma equipe de verdade. O filme não inventou a roda, mas a executa magnificamente bem. Nenhuma decepção aqui.
O problema vem contra o que eles estão se unindo, porque esse é o aspecto mais fraco do filme. Ou melhor dizendo: é um bom aspecto do filme, que parece fraco por causa da edição ruim e confusa.
Vamos lá: o que é o Esquadrão Suicida? Um grupo que o governo pode usar (e descartar) quando precisa fazer coisas pelas quais não quer dar satisfações aos heróis. Quando tem uma treta, e você não quer chamar o Batman, porque precisaria explicar para ele o tamanho da MERDA que você está metido, então você usa o Esquadrão Suicida. No papel, o filme é sobre isso.
O governo fez uma cagada sem tamanho, e agora manda um bando de malucos para apagar o incêndio, porque cairia a casa deles ter que explicar para o mundo o que aconteceu. Essa coisa de salvar o mundo e raio azul da destruição (parece que os filmes de herói tem um tesão inexplicável por raios azuis, que sobem ao céu e destroem o mundo) não era parte do plano original do governo.
Então, uma critica que se faz ao filme é que “esse nível de treta não era missão para o Esquadrão Suicida. Se era algo tão sério, cade os heróis fodões da DC?“, mas o filme mesmo explica porque estão lá um maluco que arremessa bumerangues, e outra cujo super poder é ser biruta, ao invés do Lanterna Verde e da Mulher Maravilha. Está lá, o filme é coerente.
Só que está embaixo de uma camada de edição tão confusa e mal polida, que fica difícil ver isso. A história é contada certinha, mas ela foca nas coisas erradas, de forma que é muito fácil passar batido que a história está mesmo sendo contada certinha. Eu poderia dizer que eu percebi isso e a maioria das pessoas não, porque eu sou foda pra caralho, mas a verdade, muito menos épica para mim, é que isso se deve mais porque o filme é mal montado mesmo.
A vilã do filme, Magia, tem um visual incrível no começo… Mas, então, segue uma trilha de escolhas ruins por parte da direção. Não é muito fácil entender o que ela está fazendo (alguma coisa, raio azul, fim do mundo, alguma coisa), e sua motivação é dada em uma única fala. Piscou, perdeu. Mas tudo isso empalidece diante do fato de que ela se resume a ficar fazendo uma dancinha de globeleza e cosplay de Zuul (sim, dos Caça-Fantasmas).
Para alguém que poderia ser descrita como a Feiticeira Escarlate vudu, é de um desperdício sem tamanho. No começo eu realmente desejei que o Coringa fosse o vilão do filme, demorou bastante até entender o que estava acontecendo, e porque estava acontecendo. Quando eu entendi, já no terço final do filme, eu pude soltar um “ah, ok”. Mas, infelizmente, é algo que está perdido na montagem ruim do filme. Se Ayer e seus editores tivessem deixado essa parte redondinha, o filme fluiria muito melhor. Infelizmente não é o caso, e Esquadrão Suicida engasga para te fazer entender o que está acontecendo, e porque está acontecendo.
A principal coisa que impede que o filme desande inteiramente é a idealizadora do projeto Esquadrão Suicida, Amanda Waller, em uma interpretação brilhante de Viola Davis. Sério, refaçam Batman vs Superman e coloquem essa mulher como Lex Luthor, porque é exatamente do que precisamos!
Tem uma cena do Doutor do Tennant em que ele mesquinhamente derruba a primeira ministra da Inglaterra usando apenas cinco palavras. Amanda Davis é esse tipo de pessoa. Se ela quiser ela faz o Super-Homem lavar a louça dela usando dez palavras ou menos, tanto porque ela tem uma carta na manga para toda situação, quanto porque a Viola Davis transmite esse tipo de sensação.
Se ela te mandar ir embora plantando bananeira, você apenas vai. Apenas vá, mesmo, vai ser melhor para você assim.
COMEÇOU COM UMA PIADA QUE FEZ O MUNDO TODO RIR
Esquadrão Suicida não vai ganhar nenhum Oscar, porque o filme é apinhado de defeitos. Da montagem ruim à trilha sonora, que parece que foi feita por uma criança que acabou de descobrir o Spotify, mas no geral é um filme bastante divertido de se assistir. Nascido de uma forma improvável da bagunça que é a direção de cinema da DC/Warner, Esquadrão Suicida é um filme que adquiriu sua própria identidade e funciona.
Seja por causa do carisma e da puta atuação dos atores, seja porque ele acerta quando ser épico e quando não se levar a sério, seja porque eu não estava esperando mais absolutamente nada da DC depois da bomba de desgraça e dor que foi Batman vs Superman, ou seja porque o Croc é um cara bonitão. Não é tão bem polido e bem feito quanto Guardiões da Galáxia, mas certamente não é um membro estranho da família.
E se um filme é divertido de assistir, se você sai do cinema dizendo “bah, que filme legal!”, então ele é divertido de assistir, oras! O que mais importa?