[FILME] DOCTOR WHO: o 8o Doutor (ou quando o Doutor passou o rodo)

| quinta-feira, 23 de abril de 2020

Eram dias dificeis para ser um whovian. Estamos no ano da TARDIS de 1996, e a este ponto Doctor Who descansa em paz a mais de sete anos já - sem previsão de retornar, se é que algum dia isso aconteceria. Considerando a última experiencia, eu diria que foi para o melhor.

De fato, a BBC não tinha nenhum interesse aquele ponto de ressucitar a série e isso teria sido isso, não fosse um americano muito louco que performou artes arcanas para trazer de volta a vida o que deveria ser deixado descansando em paz. E como toda obra de ficção já ensinou, performar rituais proibidos para fazer algo que é contra a ordem natural das coisas nunca acaba bem.

Um pouco de contexto da época, antes de tudo: embora o programa ainda tivesse apelo cult, a este ponto da história Doctor Who era considerado embaraçoso e antiquado (e é difícil argumentar com isso; basta comparar "Time and the Rani" à primeira temporada de Star Trek: The Next Generation, que estreou no mesmo ano). Se Doctor Who fosse ser viável novamente, seria necessário um longo período de tempo descansando.


Porém "paciência" não é como se faz as coisas na América, e um produtor americano chamado Philip Segal (produtor da série Seaquest DSV) decidiu que sete anos talvez não fosse tempo suficiente para trazer Doctor Who de volta, talvez uma mudança de ares o fizesse bem. Mais precisamente, como uma série americana.

Segal era fã genuíno de Doctor Who - ele cresceu na Grã-Bretanha e assistiu ao show durante toda sua infância. Seaquest deu a Segal um contato com Steven Spielberg que co-produziu o Seaquest através da sua Amblin Entertainment. E embora Spielberg tenha perdido o interesse muito antes da produção acontecer, ele recebeu uma carta de recomendação que foi o suficiente para permitir que Segal superasse o ceticismo da BBC e fizesse a bola rolar. A ideia de Seagal era fazer um episódio piloto na forma de filme para TV (algo relativamente comum na época, Joss Wheadon fez o mesmo com Buffy também) e se desse certo, continuar a série daí. 

Eventualmente, o filme para TV saiu do papel e uma coprodução entre BBC, Universal e Fox - uma situação de muitos cozinheiros metendo a mão que explica muito sobre o que virá a seguir.



Os primeiros rascunhos para o novo Who incluíam revisões drásticas do conceito; a certa altura, o Doutor procurava seu pai perdido com ajuda do espírito desencarnado de seu avô, cardeal Borusa, que controlava a TARDIS. Aicks... mas, em vez de um hard reboot, Segal e Jo Wright, da BBC, insistiram para que a versão dos EUA continuasse diretamente de onde o programa da BBC havia parado, trazendo Sylvester McCoy de volta para entregar o papel ao ator que chegava. Eles também insistiram, sob protestos dos outros americanos envolvidos, que o protagonista fosse interpretado por um ator britânico. Eventualmente, esse papel foi para Paul McGann, em grande parte devido à sua atuação na comédia cult Withnail & I.

É importante dizer antes de iniciar uma analise sobre o próprio filme porque eu quero apontar que seus criadores estavam tentando fazer o certo pelo programa e permanecer fiéis ao espírito da versão original. Isso tem que ser dito antes, porque ... bem, você vai entender porque depois fica mais dificil acreditar nisso. 

Os problemas desse filme são profundos e são evidentes desde a primeira cena, um prólogo que nos informa que os Daleks julgaram e executaram o Mestre, que pediu ao Doutor que levasse seus restos mortais de volta para Gallifrey. Se você não vê o problema dessa frase, então você já está automaticamente desqualificado para produzir uma série de Doctor Who. 

Mas enfim, o objetivo desse filme é atrair novos espectadores e agradar fãs antigos, e consegue falhar espetacularmente em qualquer um deles.



Para comparação, vamos dar uma olhada em "Rose", que estabeleceu claramente um ponto de vista humano relacionavel e a premissa básica de "alien excêntrico porém fundamentalmente bom que luta contra alienígenas maus em nome da humanidade" nos primeiros 10 minutos. Em 40 minutos, isso foi feito de maneira sucinta e divertida, apresentando a mãe e o namorado de Rose e explicando claramente aos recém-chegados que o Doutor é muito antigo, misteriosamente poderoso e tinha longa experiência viajando pela história da humanidade e com aliens. Quarenta minutos desse filme aqui e não está totalmente claro o que deveria estar acontecendo ou sobre o que isso é realmente.

O prólogo se arrasta com detalhes técnicos que apenas fãs antigos conseguiriam entender sem dar aos novos espectadores um contexto coerente para entender nenhuma das palavras que estão sendo ditas ali. Grande parte da sobrecarga de informações é irrelevante de qualquer maneira, uma vez que nem os Daleks nem Gallifrey têm qualquer outro envolvimento na história. Enquanto isso, o filme não se preocupa em explicar coisas que seriam importantes para a história agora: como o Mestre é capaz de retornar dos mortos, ou por que ele assume a forma de algum tipo de cobra ectoplasmática (não ajuda que o enredo do Mestre seja basicamente reaproveitado em grande parte de "The Deadly Assassin", do Quarto Doutor em 1976, que é um ótimo episódio).

Itachi aproves
E, apesar de esbanjar nomes do passado da série, o script tropeça nesses detalhes, ou pelo menos os altera de maneiras difíceis de engolir. Caso em questão: os Daleks nunca julgariam alguém, especialmente um que não fosse outro Dalek - mesmo nesse caso já é dificil de engolir. Eles são uma raça de maníacos genocidas xenofóbicos, meio que a coisa deles é gritar "Exterminate" o tempo todo.  Porque Daleks julgariam alguém, e então permitiriam que o condenado tivesse um ultimo desejo atendido - no caso, ter seus restos mortais levados embora pelo maior inimigo dessa raça é algo que não faz o menor sentido.

Não que isso seja importante para a história, meu ponto é que eles já conseguiram errar desde a primeira cena do filme - uma conquista da qual poucos filmes podem se orgulhar de atingir (até mesmo "The Room" tem uma introdução bacana, que dá uma cara de filme europeu cult a produção mesmo que vire só palhaçada depois, ao menos eles não erram desde o minuto 1)

E o filme repete esse erro repetidamente, de ser inacessível para novatos e ofensivo para fãs antigos. Por exemplo: é interessante que eles tenham se dado ao trabalho de trazer o Sylvester McCoy para fazer a cena despedida do Sétimo Doutor (o que é mais do que fizeram com o Sexto, mas enfim), mas sua presença apenas turva a água para as pessoas tentando assistir Doctor Who pela primeira vez (existe um motivo pelo qual o Russel começou direto com o Nono Doutor, saiba você).

É, suponho que poderia ser pior...

E ao mesmo tempo consegue emputecer os fãs antigos porque, sério, essa é a regeneração mais patética dos quase sessenta anos de história da série. O Mestre agora virou uma geleca louca e danifica os controles da TARDIS, que faz um pouso de emergencia em Los Angeles dos anos 90. Mais especificamente, ele aterrissa no meio de um tiroteio entre gangues asiáticas rivais que devem ter saído de um filme do Van Damme nas proximidades, e é atingido por bala perdida ao abrir a porta da Tardis. Sério, morrer de bala perdida é lame até mesmo para os padrões baixos da era do Sétimo Doutor.

Enfim, no pronto socorro do hospital ele pede aos médicos que não façam muita bagunça com o seu corpo na mesa da sala de operações, o que eles fazem de qualquer maneira. Mas, em defesa do filme, é dado uma explicação satisfatória do porque os médicos não percebem que o Doutor não é humano (algo sobre o raio-x ter saído espelhado, o que faz mais sentido do que apenas acreditar que ele tem dois corações)... o que faz esse filme ao menos fazer mais sentido que a Martha Jones. Porra Martinha, sua vida não é fácil mesmo amiga...

A cena da sala de cirurgia também apresenta Daphne Ashbrook como Grace, a cirurgiã cardiaca que viria a ser a companion desse Oitavo Doutor e aqui o filme mostra bem o tom que pretende empregar - e não é um muito bom.



O filme é deveras soapoperesco, no sentido de abrir mão do bom senso em favor de cenas overreagidas - com muita frequência, de maneira forçada e transparente. Porque, claro, Grace não pode ser simplesmente uma cirurgiã cardíaca que está tentando salvar seu paciente. Não, ela precisa ser chamada enquanto está na ópera, para poder correr pelo corredor com seu vestido de baile, com lágrimas escorrendo pelo rosto, como se fosse uma rainha do baile desesperada para salvar uma caixa cheia de gatinhos de uma prédio em chamas. Então o namorado dela tem que terminar com ela enquanto ela está chorando por ter perdido o paciente. 

A coisa é tão overdramática que eu estou surpreso que ela não tenha desarmado uma bomba enquanto fazia isso, ou feito o parto de um bebê no elevador a caminho da sala de operações. A única razão pela qual essa cena não tem uma perseguição de carros é porque vai ter uma daqui a pouco.



E, embora existam momentos de comédia de vez em quando para perfurar essa pomposidade grandiosa, eles geralmente são amadoramente escritos e ridículos. Eu suspeito que eles estejam lá apenas porque alguém da parte americana insistiu que um programa de viagem no tempo que envolvesse uma cabine telefônica tivesse que soar como Bill & Ted. A cena com o legista com o corpo do Doutor é ok (mais por mérito do ator do que da escrita), mas qualquer boa vontade que você possa ter brotado se perde quando um policial de moto entra em alta velocidade pelas portas da  TARDIS enquanto grita "Estou sem freios!!!". Honestamente eu esperava que tocasse "o tema de Benny Hill"  a qualquer momento. 


Então o Mestre-geleca possui o corpo do policial motoqueiro muito louco porque... bem, porque alguém assistiu Terminator 2  achou que um policial motoqueiro como vilão seria uma boa ideia.

Bem, após tudo isso é que conhecemos o novo Doutor. E, como tudo nesse filme, de uma forma exageradamente overatuada quando na sequência pós-regeneração ele não pode simplesmente ver seu novo rosto em um espelho com um choque momentâneo e consternação, como os outros Doutores fizeram antes dele. 

Não, claro que não, ele precisa vagar por um ala do hospital que aparentemente foi abandonada há anos, ver-se nos estilhaços de uma dúzia de espelhos quebrados e grita "QUEM ?! SOU ?! EU?!" em meio a trovões e luzes antes de cair de joelhos em uma pose de Cristo crucificado. 



O lado bom é que uma vez que passa essa (constrangedora) confusão pós-regeneração, McGann se comporta bem e cria os momentos mais atraentes do seu personagem durante as cenas mais calmas. Ele é charmoso, um pouco desleixado, tem uma cortesia graciosa e não afetada, e momentos de entusiasmo gostaveis, como sua alegria inesperada ao descobrir que seus novos sapatos servem. Suponho que se a coisa tivesse ido para frente, ele poderia eventualmente acertar a mão como Doutor.

Mas é realmente apenas uma amostra; realmente não há o suficiente aqui para julgar o Oitavo Doutor, especialmente considerando quando o Mestre rouba o último terço da história. 



Se o Doutor passar por isso com alguns momentos de sutileza, o mesmo não pode ser dito do Mestre. Veja, ao longo dos anos o Mestre sempre como caricaturalmente eeeeeevil ao estilo Doutor Evil de risadas malignas, mas nunca mais do que aqui. Eric Roberts (irmão mais velho da Julia Roberts, BTW) nem tenta dar ao personagem mais de uma dimensão, embora eu não tenha certeza do por que ele iria sequer tentar já que ele está sobrecarregado com frases como "Em breve terei toda a sua vida!" 

Quanta nuance um ator deve trazer para um personagem dotado com a capacidade de vomitar em quatro guardas de segurança ao mesmo tempo? Ou quem responde à pergunta "quem é você" tirando dramaticamente seus óculos de sol para revelar olhos verdes de cobra, como se Lord Voldemort tivesse assumido o papel do cara do CSI? 

O meu ponto é que o Mestre sempre foi meio ridiculo, mas ele era ridiculos em cenários baratos de sci-fi que meio que combinavam com seu jeito canastrão de malignidade. Em cenários urbanos de uma produção "no mundo real" fica muito, mas muito deslocado. Porém se eu tivesse que mudar alguma coisa, eu mudaria o tom do cenário e não o mestre porque ele é a única coisa remotamente interessante de se assistir aqui. Entre uma versão maligna do Sexto Doutor e o Dr. Evil, pelo menos é algo para se ver.



O filme também faz duas grandes mudanças no personagem do Doutor, apenas uma delas passou de 1996. A primeira foi tornar o Doutor meio humano por parte da sua mãe, o que ficou muito na cara como ideia de um executivo para fazer o personagem parecer mais "relacionável" e foi ignorado na série atual. O outro novo elemento tem mais poder de permanência - a idéia de que o Doutor possa ter uma conexão romântica com sua companion humanas. 

Até então nunca foi tentado uma abordagem de um Doutor aberto ao romance, e não é como se não pudesse funcionar: o relacionamento do Doutor e da Rose foi feito com bastante tato e elegancia, assim como a relação... única do Doutor com a River Song. O problema aqui não é o romance em si, apesar de ser um tema delicado, mas que nada nesse filme possui o mais remoto tato. Um Doutor pegador que passa o rodo em novinhas 900 anos mais jovens que ele parece... errado. Para adicionar ofensa a injúria, Grace e o Doutor não têm muita química. Quando Grace vai embora no final, você não está realmente torcendo para que ela mude de idéia.

Tem uma cena que define perfeitamente bem esse filme, quando o Doutor menciona que conhecia Madame Curie "intimamente". Grace então pergunta: "Does she kiss as good as me?" apenas para ser gramaticalmente corrigida por um mestre visivelmente aborrecido com a pequenez dos humanos: "As well as you".

No, it's not
Ou seja, a gente passa vergonha com um Doutor mundano, a companion afunda a coisa toda na lama ainda mais... e então o Mestre solta uma frase desconexa de todo o resto, mas que funciona no mundinho dele.

Essa cena em particular tem um bom momento em um roteiro que é apinhado de coisas que não fazem nenhum sentido, mesmo para os padrões de Doctor Who - tanto na estrutura, como a TARDIS viajando no tempo para desfazer mortes, quanto dialogos vergonhosos como "Eu finalmente encontrei cara certo, e ele é de outro planeta!

Por que o Mestre virou uma cobra de ectoplasma que possui corpos é uma coisa que apenas Orochimaru saberia responder

Caras, eu entendo, sério. O programa está fora do ar há seis anos e uma empresa do outro lado da lagoa quer transformá-lo em um filme de TV com o objetivo de fazer uma nova série. Para isso, precisa de tempero, precisa atrair um novo público, assim como o antigo, e precisa funcionar como plataforma de lançamento. Este é o ponto de partida para uma nova era. Eu entendo você achar que precisa mudar as coisas. 

Só que o problema é como eles fazem isso. Na tentativa de agradar a todos, eles não agradam a ninguém. Na verdade, eles alienam a todos.

Eu entendo a vontade de mostrar aos fãs antigos como o Sétimo Doutor morreu, porém quando isso é ao custo de um terço do seu tempo de execução de 85 minutos, essa é uma escolha ruim e que deveria ter sido cortada - depois que a série emplacou, isso poderia ser adereçado com mais calma because timey-wimey stuff.



E embora se possa dizer que foi a melhor atuação do Sylvester Mccoy como Doutor (não que a barra a ser superada seja muito alta ou sequer existente), foi algo inútil. Novos fãs em potencial se perdem quando eles se perguntam por que o cara que eles assistiram por 20 minutos foi morto. Eles também podem se perguntar por que ele mal falou.

Então, pela próxima hora, outro cara está tentando lembrar quem ele é. É fato sabido que episódios de pós-regeneração tendem a ser enfadonhos porque a gente quer ver logo que tipo de pessoa é o novo Doutor, e essa coisa de confusão não leva a lugar nenhum - ou seja, é um saco. Isso é verdade hoje, era verdade em 1976, e certamente foi verdade em 1996. Basear então toda seu pitch meeting nisso é uma escolha errada.



E enquanto isso, os roteiristas tentando enfiar lore do programa - frequentemente, lore errada ainda - através da exposição, referências visuais a Doutores anteriores, frases repetidas sobre como ele tem 13 vidas e tudo sobre a TARDIS. Então, novos fãs estão perdidos e perderam o interesse, juntamente com qualquer conexão potencial que possam ter tido com o personagem.

Enquanto isso, os fãs antigos estão horrorizados com as mudanças que fizeram. Como eu já disse, por que os Daleks dariam ao Doutor os restos mortais do Mestre? O que diabos eles estão fazendo dizendo que ele é meio humano? O que ele está fazendo tentando pegar a companion? Por que a TARDIS agora tem o Olho da Harmonia? Que fim levou a Ace?

Pensando bem, acho que prefiro não saber sobre essa última.



Mas o ponto é que esse filme é bagunça, sem propósito ou direção efetiva. E, como resultado obvio, o programa foi novamente guardado na geladeira.

Apesar dos problemas de continuidade e da estupidez de McCoy começar como Doutor, os primeiros vinte minutos ainda são assistiveis para fãs antigos pelo menos. Ok, eu posso apenas aceitar que... de alguma forma... o mestre conseguiu um novo corpo e o Doutor também. Por mais idiota que seja a execução, eu posso assimilar o conceito. Certo. Mas dai pra frente a coisa toda desmorona mais rápido que um Cybermen tentando sapatear. 

Tem alguma coisa sobre relógios atômicos, Eric Roberts e seus olhos verdes tentando convencer "The Asian Child" de que o Doutor era um vilão e o universo terminando à meia-noite foi de uma bobagem insuportável mesmo para os padrões baíxissimos que a série tinha estabelecido com o Sétimo Doutor. O melhor que eu posso dizer é que eu desliguei mentalmente nos últimos 45 minutos. Eu sei que tem algo a ver com o Mestre querendo o corpo do Doutor e ele colocando o Doutor em algum tipo de tortura medieval que abriu o Olho da Harmonia, mas não me lembro dos detalhes. Se eu tivesse que chutar, acho que o resto envolve o Doutor procurando um relógio atômico enquanto beija sua amiga e faz perseguições de moto pelas ruas de San Francisco because America Fuck yeah!



Esse filme é tão ruim quanto a era do Sétimo Doutor, mas felizmente é mais curto - apenas 82 minutos de sofrimento, de modo que pode ser mais facilmente delegado a uma segunda prateleira na memória. Você sabe, junto de coisas que você sabe que existem mas não considera realmente tipo as continuações em DVD das animações da Disney.

Foi horrível, e definitivamente não é o fim que Doctor Who merecia ter. A boa noticia é que esse não é o fim, embora teriamos que esperar um novo século, um novo milenio para vermos uma retomada de Doctor Who adequadamente feita. 

E, como o tempo é uma big ball of timey-wimey stuff, posso garantir que o virá a seguir será absolutamente fantástico.



Next Prev
▲Top▲