Jamais aceite que ninguém te diga que os seres humanos não são maravilhosos, porque nós somos. Pegue o caso do estúdio Trigger, por exemplo. A casa de Kill la Kill terminou a primeira metade de 2018 apanhando até embaixo da língua de todo mundo pela forma desastrosa que terminou Darling in the Franxx.
Deus aquele anime era absolutamente perfeito e eles conseguiram cagar tudo nos ultimos 5 episódios com um nivel de escolhas ruins e incompetência que eu honestamente não via desde os dias da Sega nos anos 90. Kami-sama seja louvado como eles cagaram um anime tão bom...
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"I mean, I guess I'm curious in a morbid fashion as to how much worse the
show can get, but that really shouldn't be my primary motivation to
finish a story. Boy howdy, these past few episodes have been a trip. As
in the script has tripped over itself more times than I care to count" - review do final pela ANN.
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Muitas pessoas ficariam chateadas, cabisbaixas, até mesmo desmotivadas pelo tamanho do backslash que eles tomaram por causa desse final. Exceto que não é assim que a natureza humana funciona, e isso é algo maravilhoso. Em um espaço de apenas poucos meses eles se reinventaram e começaram de novo, fazendo aquele que seria um dos melhores animes de 2018.
Mas como eles fizeram isso? Bastante simples: voltando as origens, voltando as raízes com um projeto simples porém infinitamente honesto e apaixonado. Lembrando porque eles entraram nesse ramo de fazer waifus com coxas que pelamordedeus eu largava a família na hora.
Em outras palavras, voltando a algo mágico, puro e foda ao mesmo tempo, algo tão especial no coração de todos nós que todos nos apaixonamos pela sua breguice tosca em algum momento da vida. Estou falando, é claro, de tokusatsu.
Alguns anos atrás, o diretor Akira Amemiya procurou a Tsuburaya Productions para poder fazer um anime de Ultraman. Infelizmente a Tsuburaya não pode fazer esse acordo, já que Ultraman em anime já estava comprometido (o anime de Ultraman sai esse ano pela Netflix), mas eles concordaram em deixa-lo trabalhar com alguma outra propriedade intelectual da produtora. Akira sabia exatamente o que ele queria então...
"Gridman the Hyper Agent" era um tokusatsu da Tsuburaya de 1993 sobre um "Ultraman no mundo digital" já que naquela época a internet começava a dar seus primeiros passos como grande coisa do momento. Assim, nessa série, o jovem Naota Sho entra no mundo digital onde ele se funde com o policial cibernético Gridman e na forma de um cara gigante de armadura eles lutam contra Kahn Digifer e os monstros que ele cria para dar foder com o mundo digital e prejudicar o mundo humano por tabela.
Essa série é especialmente importante para nós ocidentais porque em 1994 Power Rangers era a coisa mais quente da televisão e todo mundo queria uma forma de pular nesse barco. A DIC teve a ideia de fazer a mesma coisa e trazer uma série japonesa para o ocidente, substituindo os atores não transformados por garotos de um colegial americano - e nascia assim Superhuman Samurai Syber Squad (SSSS), que inclusive passou na finada TV Manchete.
Essa não foi a única série a tentar dar uma de "Power Rangers", claro, existiram diversas outras (deus como eu detesto Beetleborgs), mas defininitivamente esta era uma das melhores justamente porque ela era uma sitcom decente de garotos no colegial que acontecia deles entrarem no computador para lutar contra vírus do mal que odeia o bem.
E também porque o vilão dessa série, no ocidente chamado de Kilo Kahn, era dublado pelo Tim Curry.
Quando Akira Amemiya foi fazer seu anime, ele usou ideias tanto do original Gridman quanto da adaptação Superhuman Samurai Syber Squad... e nascia assim SSSS.Gridman
A série segue Yūta Hibiki, um colegial com cabelo cor de tomate que acorda na casa da sua colega de classe Rikka Takarada no primeiro episódio da série. Rikka diz a Yūta que ela o encontrou do lado de fora da loja da sua mãe, inconsciente. Como o Hibiki acabou em tal posição? Ele não sabe, na verdade, ele não se lembra de nada antes de acordar. Dentro da loja de usados, ele vê um computador antigo com alguém se referindo a si mesmo como um "Hyper agente" na tela chamando por ele; apenas Yūta é capaz de ver e ouvir essa misteriosa figura vestida de armadura.
Desnecessário dizer que eventualmente um monstro gigante ataca a cidade e Yuta se funde com o hyper-agente Gridman para salvar o dia, e isso é muito legal. De verdade. Isso porque Amemiya e sua equipe realmente entendem o que faz o tokusatsu tão especial para nós, e se vê isso nesse anime.
Existe algo muito especial em ver caras com roupa de borracha lutando contra monstros de espuma em maquetes que apela ao coração da criança dentro de nós, algo tão inocente e puro quanto ao mesmo tempo tosco que acaba sendo épico.
Existe algo de intrinsecamente maravilhoso em ver um robo gigante (ou um cara gigante, para o proposito de Ultraman e Gridman) meter a porrada em um monstro com dezenas de metros de altura enquanto uma música sobre o poder da amizade (ou algo assim) toca ao fundo, tem algo apenas mágico nisso não importa o quão barata seja a produção.
Com efeito, a única coisa que falta para Pacific Rim ser absolutamente perfeito enquanto filme seria tocar Akira Kushida enquanto a Gypsi Danger arrebenta a cabeça de um Kaiju com um navio petroleiro. Deus, eu teria chorado (mais ainda) no cinema...
SSSS.Gridman é um anime que definitivamente entende esse sentimento, e totalmente honra usando CG (deixando assim o traço mais pesado e menos fluído do que uma animação poderia fazer) para emular a tosquice inerente ao genero, resultando em um ode de amor e breguice a kaijus de material barato se desmanchando em tela sob golpes ridiculamente coreografados. E é absolutamente glorioso!
Embora eu não tenha, infelizmente, conhecimento para mesmo perceber todas as inumeras referencias a Tokusatsu que o anime faz, ao menos eu consigo entender o bastante para explicar como o anime captura tão bem o espirito da coisa.
Em uma animação, se você tiver o tempo e o dinheiro certos (se bem que isso são a mesma coisa na produção de animes), você pode mostrar para o seu publico literalmente qualquer coisa. Mesmo robos atirando galaxias como se fosse shurikens, né Gurren Lagan?
Porém apesar dessa liberdade toda, Trigger se esforçou muito para fazer parecer que cada luta no anime poderia ser criada usando roupas de borracha e efeitos especiais fisicos, no máximo CG de orçamento de episódio de televisão (como quando Gridman faz um movimento acrobatico ele fica um tempo suspenso no ar, como se suspenso por cabos)
O truque aqui é que isso não é aplicado em tudo, as sequencias de explosão e destruição da cidade custariam milhões de dolares se feitos com a qualidade do anime, eles se focaram em passar essa sensação de tokusatsu apenas na movimentação dos personagens. O resultado, muito inteligente, é que nós acabamos com o melhor dos dois mundos possíveis.
Um exemplo perfeito disso é o dragão do primeiro episódio, apesar do visual super legal, o corpo dele fisicamente se move como se fosse um cara usando uma roupa de borracha e a cabeça fosse um adereço de espuma pendurado na frente da fantasia. Quando Gridman agarra a cabeça dele, o pescoço até dá uma envergada justamente como um adereço de espuma faria!
É uma atenção nos pequenos detalhes que é linda!
Outro exemplo muito bom disso é quando o kaiju ataca o Youtuber cuzão. Nós vemos os tentaculos voando na direção dele, e quando a camera corta ele já esta enrolado nos tentaculos. Isso seria EXATAMENTE como um tokusatsu faria porque os tentaculos seriam apenas mangueiras de borracha ou alguma coisa assim, e não tem como animar eles individualmente para se enrolar no Logan Paul ali (não de uma forma barata, pelo menos). Então a produção certamente usaria esses dois takes, um dos tentaculos voando (basta alguem jogar eles) e em seguida já está pronta a coisa.
Assim como o OVNI no episódio 7 que totalmente se move como se estivesse pendurado por barbantes. Mesmo o kaiju que é do tamanho de uma montanha, que rudemente interrompe o episódio das coxas da Rika da praia apenas move sua boca e sua cauda, nós nunca o vemos fazendo nenhuma grande peripecia e ele é mais um objeto cenográfico com algumas partes animadas (através de fantoche ou mecatronicamente). Mais uma vez, exatamente como um tokusatsu de verdade faria.
É realmente impressionante o quanto SSSS.Gridman se esforça para manter essa estética de tokusatsu,e apenas isso já faria do anime um deleite para os olhos. Entretante, como eu falei no começo do video a Trigger estava nos devendo pelo CRIME que foi o final de Darling in the Franxx, e felizmente eles parecem totalmente interessados em pagar essa divida porque a estética tokusatsu é apenas uma das coisas incríveis a respeito desse show.
Porque é como eu sempre digo, se uma obra consegue fazer algo fenomenalmente bem, isso é digno de todos os elogios do mundo. Se faz mais de uma coisa ótimamente, então temos um real tesouro aqui.
Gridman é um real tesouro não apenas para fãs de Tokusatsu, mas para fãs de um bom anime também. Isso porque Gridman tem tudo: ótimas lutas (conforme acima exposto), personagens divertidos (estou estudando como deixar registrado que eu opto por ser esmagado pelas pernas da Rikka como forma de eutanasia, caso necessario seja) e um mistério interessante e bem construído.
Na superficie, Gridman segue a formula padrão dos tokusatsus: os personagens tem algum desenvolvimento (ou um episódio de praia), monstro gigante da semana aparece, heróis lutam usando poder da amizade e vence, status quo é reiniciado a estaca zero, na semana seguinte enxague e repita.
Ah, é claro, como não podia deixar de ser o herói também não tem memória de quem ele é então eis o seu metaplot para ser revelado no final logo aí.
Entretanto, enquanto Gridman segue todas as regras do genero, ele também faz algumas coisas... estranhas, que é o que mantém a série interessante para além dos caras de roupa de latex lutando no meio de maquetes.
Algumas perguntas começam a te incomodar sem que o anime realmente chame atenção para elas. A série original não era sobre o mundo digital? Porque Grigman agora luta no meio da rua? Como a cidade aparece magicamente reconstruída no dia seguinte e porque ninguém lembra do que aconteceu e as pessoas que morreram no combate apenas nunca existiram? Porque tem kaijus parados no horizonte e ninguém percebe eles? A Rikka faz academia? Porque aquelas pernas pelamor...
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| Aha, você achou que eu ia colocar outra imagem da Rikka, né? |
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| ... a quem eu estou querendo enganar? |
O grande pulo do gato do estúdio Trigger é a sua vilã, o qual eles buscaram inspiração diretamente em Superhuman Samurai. Em SSSS, a história era que existia o megavírus Kilokahn (dublado pelo Tim Curry, yay) mas ele precisava dos desenhos de um aluno desajustado chamado Malcon Frink que fazia os monstros para ele e os escaneava. Então Kilokahn dava vida aos monstros e os heróis os enfrentavam no mundo digital.
Aqui o vilão é uma garota colegial com peitos enormes - eu ia dizer because anime, mas honestamente existe um motivo na história para ela usar sutiã 46DDD acredite ou não - que esculpe os kaijus em maquetes e o vírus de computador Alexis Kerib (eu não estou inventando esse nome, alias) dá vida a eles.
Só que ao contrário de Malcon Frink, que é um esquisitão que só é zoado no colégio por sua esquisitice, Akane Shinjo é a garota mais Mary Sue da história das colegiais e todo mundo na cidade literalmente ama ela. Sem exagero, ela é a mais bonita, tem os maiores peitos mas não as melhores coxas, Rikka me liga, as melhores notas, é a melhor no atletismo, é mais popular, todos os garotos são apaixonados por ela e todas as meninas adorariam ser amigas dela. E são secretamente apaixonadas por ela, because anime.
Entretanto, Akane Shinjo não é feliz com isso. Apesar de ser uma aluna modelo e a melhor pessoa de todos os tempos de toda... hm, o nome da cidade nunca é dito... ela não é feliz. Isso porque, debaixo de sua fachada de absoluta perfeição, ela é uma sociopata com a capacidade de empatia de uma porta de zinco.
Isso significa que Akane cria os monstros para que Alex Kerib dê vida a eles com os motivos mais toscos possíveis. Ah, o professor esbarrou em mim e não pediu desculpas? Kaiju na fuça do filhodaputa. Ah as meninas estavam brincando com a bola dentro da sala e derrubaram meu lanche? Toma kaiju no rabo pra aprender a deixar de ser trouxa. E por aí vai.
Então Akane é a vilã da história. Não a antagonista, não a heroína incompreendida, não. Ela é mau como um pica-pau. Ela mata pessoas por motivos idiotas, ela usa o poder do seu status para ser mesquinha, ela quebra coisas (como computadores e celulares) apenas porque está tendo chilique e ela não pensa duas vezes em jogar sujo para vencer (como mandar assassinar o menino que se transforma em Gridman enquanto ele não está transformado).
E ela também é a verdadeira protagonista da história.
Ter o vilão com complexo de Deus como protagonista da história não é totalmente não-ouvido, mas quando você sabe o que está fazendo é a receita para uma puta grande obra. Vide Death Note ou Vingadores: Guerra Infinita. E o estúdio Trigger sabe EXATAMENTE o que está fazendo aqui.
No primeiro episódio, por exemplo, Akane oferece o seu lanche para o futuro-Gridman Yuta porque ele esqueceu todas suas memórias, e também esqueceu de levar almoço para a escola - e Akane é perfeita e incrível o tempo todo, afinal. Só que quando ela vai fazer isso, uma das meninas estava brincando de bola dentro da sala derruba o lanche da mão dela.
A cena então congela em silêncio absoluto por vinte segundos (sem mentira, eu contei) apenas com a classe reagindo a isso em choque para então voltar a rodar o anime como se nada tivesse acontecido. Quando você assiste a cena a primeira vez, você pensa "ãh... Trigger, vocês está legais caras? Já acabou o orçamento no primeiro episódio e vocês estão matando tempo como na lendária cena do elevador de Evangelion?"
Então não, não é uma encheção de linguiça porque acabou o orçamento. Depois você entende que que o mundo literamente parou por vinte segundos porque Akane é Deus e toda realidade se torce ao seu capricho. E naquele momento o capricho dela é que ela ficou tão puta da cara que tudo fisicamente parou.
Mas se Akane é, literalmente, Deus, isso começa a levantar outras questões mais complexas ainda. Porque ela criou esse mundo? Porque, então, tudo não sai exatamente a vontade dela? Porque Gridman e os outros conseguem lutar contra ela? Porque Akane está sempre tão infeliz o tempo todo, se ela é literalmente Deus? Porque todo mundo é obcecado pelo quadril da Rikka quando Akane é tão cavalamente gostosa quanto? O que ela realmente espera atingir fazendo tudo isso?
Acredite ou não, o quadril da Rikka é profundamente importante para a história. Não, eu não estou zoando, sério. Eu estou falando é do mesmo estúdio que fez Kill la Kill e a este ponto você já devia esperar algo a esse nível.
Alguns spoilers a seguir, então eu recomendo realmente que você assista SSSS.Gridman e volte depois. Ou não, whatever.
Akane Shinjo é uma garota nerd que ama tokusatsu e obviamente sofre bullying por ser tão otome (que é o feminino de otaku, saiba você ignorant little one). Então ela criou um mundo no qual ela pudesse ter amigos, e já que ela estava fazendo essa porra toda mesmo, ela se fez como a mais top top das topzeiras tops.
Só que então as coisas começam a dar errado. Mesmo ela sendo Deus desse mundo que ela criou, as coisas não saem como ela quer. Gridman enfrenta e derrota os seus kaijus, não importa o que ela faça. Na escola ela é tão top tão acima de tudo, tão incrível o tempo todo... que ela é solitária. Ninguém se aproxima dela porque ela é fucking Akane Shinjo, ninguém acha que é bom o suficiente para ser amigo ou namorado dela, obviamente.
Ela então decide que quer que Yuta se apaixone por ela, para ela ter um namoradinho para brincar e tal... mas ele já é apaixonado pela Rikka e, honestamente, você pode culpa-lo?
Akane então tenta, obviamente, reiniciar a coisa a lá "The Good Place" style e criar uma realidade onde todos os seus desejos são atendidos. E se você sabe alguma coisa sobre humanos, ou se assistiu Good Place (sério, faça isso, é a melhor série eu lembro de ter visto em... honestamente, acho que é a melhor série que eu já vi na vida, sem exagero), sabe que isso não dá certo e as pessoas continuarão sendo pessoas não importa quantas vezes você reinicie isso. Como diria o grande pensador moderno, "yare yare daze..."
Tudo dá errado e Akane se desespera com isso, aparentemente ser Deus não é sinonimo de que as coisas vão sair como você quer. Quem poderia imaginar, huh?
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| MAS PUTA QUE ME PARIU HUMANOS! EU SAI POR DOIS DIAS! DOIS FUCKING DIAS E VOCÊS JÁ FAZEM UMA PUTARIA DESSAS?!?! |
Akane tentou até mesmo separar o trio de protagonistas, bem se eles não tivessem uns aos outros e só tivessem ela, então eles teriam que ama-la, certo? E mais uma vez, Good Place style, dá muito errado.
Agora imagine, na sua perspectiva, criar um amigo imaginario e então descobrir que mesmo a porra do seu amigo imaginario que você criou só pra isso não te ama e não gosta de passar tempo com você. Obviamente, Akane-Deus surtou de vez.
Então Deus simplesmente entrega os tacos e para de se importar, e o mundo começa degringolar de acordo. Em sua reta final, Gridman é mais do que sobre enfrentar kaijus em cidades-maquetes, mas sobre salvar essa cidade-maquete do abandono do seu criador. Hmm, isso soa como alguma coisa que você já ouviu na vida?
Desesperada e sozinha, Akane então tenta se suicidar. No que ela falha, obviamente, porque ela é Deus e logo ela é imortal. Hã, sucks to be you, Akane...
Infelizmente para ela, Deus não é Deus sem um diabo para antagoniza-lo e Alexis Kerib aproveita que ela largou tudo de mão para exercer controle completo sobre o mundo, inclusive transformando ela em um kaiju para os heróis enfrentarem e temos aí a batalha final - onde Gridman e sua gangue tentam salvar Deus da sua própria depressão e solidão, na forma de lutar contra um kaiju colossal.
Puta merda, se isso não é arte, eu não sei mais o que poderia ser.
Temos um final espetacular onde tudo é como deveria ser. Temos drama, temos carga emocional, temos uma batalha épica, e quando Gridman lembra de quem ele realmente é e assume a sua verdadeira forma, ou seja o Gridman igualzinho a da série de TV dos anos 90 com direito a tocar a música tema original da série antiga... foi demais para o meu kokoro. Não, eu não estou chorando, você é que está!
E nessa luta, Akane é... Gridman então... o que eu quero dizer é... ah, foda-se tudo isso, pega ele Gridman! Pega ele! Puta merda que anime lindo!
Então, você pode se perguntar uma última questão nesse anime absolutamente maravilhoso que sai tabelando tocando: quem é, exatamente, Akane Shinjo e porque ela é Deus?
Ora, é aqui que entra a cereja de um bolo já absolutamente magnifico do estúdio Trigger: lembra do Gridman original? Sobre o que era? Ora, era sobre um vilão digital criando virus no computador para sacanear o mundo humano. E é exatamente aqui que Akane e Alex Kerib entram.
Akane é uma garota humana deprimida e solitaria que criou um mundinho virtual para ela brincar, com o mega vírus Alex Kerib (também conhecido como Kilokahn para os intimos) puxando os pauzinhos para isso acontecer. Como na série original, Kilokahn por algum motivo não pode ele proprio criar os seus monstros e precisa de um humano para fazer isso para ele. Akane Shinjo aconteceu de ser o novo Malcon Frink, e por isso é Akane é - literalmente - Deus já que essa cidade é um mundinho que ela criou no computador dela e ficou brincando nessa realidade.
Por isso que Alexis Kerib disse durante a luta"Essa aqui já deu o que tinha que dar, eu vou apenas procurar a próxima Akane".
Por isso quando os personagens (ou seja, os NPCs que ela criou) conseguem alcançar Akane e ajuda-la a seguir em frente, adivinhe qual é a última cena do anime, lhe dão o apoio para ela precisa para parar de brincar e enfrentar a vida real, adivinhe, apenas adivinhe, qual é a última cena do anime?
Exatamente.
Akane não é uma menina sobrehumanamente gostosa com peitos giganticos, nem perfeita em tudo, nem maravilhosa o tempo todo, nem nada disso. Nem uma psicopata (hey, do ponto de vista dela eram só NPCs em um jogo). Isso era só o avatar que ela criou para si mesma no mundinho virtual. A verdadeira Akane é só uma menina comum que não tem amigos.
Eles fizeram! Esses magníficos bastardos conseguiram! Meu Deus, o seu Deus, todos os deuses inclusive a inútil da deusa Aqua de Konosuba, SSSS.Gridman é uma obra-prima! É um Tokusatsu perfeito! É um isekai perfeito! É um anime perfeito!
Eles conseguiram! Trigger made animes great again! Oh my fucking god THEY PULLED IT THROUGH AAAAAAAAAAAHHHHHHHHH!!!!!!!!
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| Mais uma vez Trigger faz os animes serem arte!!! |
Acredite em você, acredite em seus sonhos, tudo é possivel. Exceto ter coxas como as da Rikka, porque puta merda.
